segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Estrada

Hey meu pessoal como estão? Cá venho eu com as minhas viagens, a última vez que vesti esta roupa de Leonardo, já foi à um tempo, quase não me servia, mas ainda serve.
Estava eu aqui envolto num trabalho e descobri uma música que talvez por falta de procura ou apenas por puro desencontro até hoje não conhecia.
A verdade é que fui ouvindo repetidamente e continuo a ouvir, porque: passa-me tanto.
E de tudo o que passa, aparecemos nós todos, a Animateatro, o Curso, a Lina, o Ricardo, a Cláudia, Fernando, Sérgio, todos...

Lembro-me do meu primeiro dia de curso lá naquela nossa casa que agora parece tão distante, tocava o mesmo Jorge Palma, "No Bairro do amor a vida é um carrossel..." e eu fisguei aquela frase para depois procurar que música seria,fascinei-me e repetidamente carreguei no play até me lembrar que havia repeat e então me poderia deitar descontraidamente na cama, a sonhar... só a sonhar.
Depois fomos e tudo desenrolou, e (Porra!) quem diria, que estaríamos cá mais uma vezes depois de tanto caminho percorrido, e sim às vezes sou demasiado saudosista, mas epá quero lá saber, adoro lembrar-me do Quim que nem aos ombros me chegava, do Gonçalo Homem a dizer que não queria saber do que queria fazer depois do secundário e que logo tinha tempo, dos concertos magistrais dos "The Coccix", da Margarida, da Filipa, da Alice a fazerem de bruxas (maravilhosas,hihihihi), da Patrícia e o seu maravilhoso cão "Toto", gosto realmente de lembrar tudo o que temos passado e do que passaremos ainda de certeza. Então esta música fez-me voar, sobre o passado, sobre o que acredito ser o futuro e ainda mais no que para mim deveria ser o presente.
Temos em mãos talvez um dos maiores desafios da caminhada, ou então não dos maiores, mas dos "mais grandes" como diriam os amigos brasileiros, e por brasileiros, lembram-se do Max? Alguns sim de certeza, a Patrícia com histórias deste rapaz fez-me "desmanchar" umas quantas vezes a rir, ele era engraçado e descuidado..
Sem dúvida a fase que nos envolve, é a altura certa para soltar as amarras, é um sprint, que nos fará começar outro sprint, para quê questionar, chegou a hora de fazer, a hora de trabalhar, a hora de sermos touros, e correr, correr, correr... e depois chegar ao fim e dizer "epá dei tudo, mas quero mais", foi assim que tudo sempre foi como foi, a hora de juntarmos as mãos e pedirmos apoio uns outros. E quando num dia tu que lês isto não te sentires bem, não tem mal, aparece, nós sem saber estaremos lá para te apoiar.
Vou agora parar de escrever, tenho muitos sentimentos e às vezes também é bom guardar alguns, e está tudo tão agitado que sai como sai, quero dizer que tenho saudades vossas meus amigos, são uma força transcendental e eu associo-me a ela e acima de tudo a vocês, lutemos então. Deixo-vos com a música que me fez recordar muito coisa, achei que devia partilhar convosco porque às vezes a saudade pode ser um momento de partilha, e eu senti necessidade de partilhar, desejo do fundo do coração daqui a uns anos manter-me do vosso lado, até lá e depois de lá gosto de vocês.

Aqui fica a música.

Beijos e Abraços.


sábado, 3 de outubro de 2009

Para relembrar...




Aqui vai um video que mos
tra alguns dos momentos passados da Animateatro. As fotos já são antigas, mas não menos importantes. Registo de algumas peças, algumas das pessoas que já passaram por esta companhia, outras que se mantém e os The Cocxix em grande plano!

domingo, 20 de setembro de 2009

Assim sem Animateatro!

Okay, desta vez vim apenas trazer a música que tinha prometido á um ou dois posts atrás. "Assim sem você" modificado e adaptado para "Assim sem Animateatro". Espero que gostem!

Obs: Aconselho que leiam á medida que ouvem a música: http://www.youtube.com/watch?v=RkxCFjzWtuk

Gonçalo sem vozeirão
Ou ainda sem confusão
Isto é, a Animateatro...
Ricardo G sem bola,
Ou também sem uma "jola"
Mais uma vez, isto é a Animateatro...

Porque raio isto é assim?
Basicamente, maluqueira sem fim...
Não conseguimos impedir
Nem sequer resistir
Gostarmos disto mesmo assim...

Gonçalito sem brincadeira
Ou então sem asneira
Salientando, é isto a Animateatro
Lina sem dizer "Não!",
Ou sem um monte de trabalhão
Reptito, isto é a Animateatro

Normalmente loucos p'ra poder estrear
Ou em outros casos p'ra dalí sair...
Receber as palminhas
Beber umas águinhas
E dizer: "Eu acho que correu bem"...

Num caso ou noutro somos uma Equipa
E gostamos todos muito uns dos outros...
Salvo raro, algumas exepções
Mas que não vou enumerar aqui...

Por razões óbvias... Relativamente óbvias...

Patrícia sem sorriso não é nada
Ainda mais sem cacetada
Sublinhando, é isto a Animateatro
Nuno sem Glorioso
Ou sem ser bom moço
Frizando, é isto a Animateatro

Expliquem-me só porque é q'isto é assim?
É que nem mesmo o Colorim...
Consegue impedir
Ou sequer resistir
Á nossa amizade sem fim...

Todos nós gostamos de trabalhar
Excluindo aqueles dias que só sabemos brincar
Nem me quero recordar ou lembrar
Quando a Lina me põe no lugar!

Agora deixando-me de brincadeiras
Somos o melhor grupo que se poderia ter
Portanto é bom que nos preparemos...
No próximo curso até vamos gemer...



Eheheheh ^^

E é isto... Eu sei que o último verso não foi muito animador, mas pronto... Digamos que não sou muito bom a rimar. Peço desculpa por não inserir todos aqui, mas eram muitos e não arranjei maneira de pôr. Prometo que vou fazer uma para os outros que não consegui inserir nesta...

Aproveito para dar a última notícia que recebi... Infelizmente a Michelle não vai continuar no curso da Animateatro connosco. Espero que ela volte a fazer parte do curso mais tarde... Nós estaremos á sua espera ;)

Michelle, por favor visita-nos regularmente ou então vou-te buscar!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Você aprende...

Depois de algum tempo você aprende a diferença... a súbtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde indo, qualquer caminho serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar."

(Wiliam Shakspeare)

Achei que podia postar esta mensagem aqui... Afinal de contas, só diz muito do que sabemos mas que por vezes, não assumimos.

Beijinhos para as meninas e abraços para os meninos, Gonçalito

sábado, 12 de setembro de 2009

Estaremos de volta brevemente!

Olá a todos mais uma vez!

Como todos sabem, finalizámos o curso anterior com "Divinas Palavras", uma peça para nunca mais esquecer e que, de certo, ficará na nossa memória. Mas estaremos de volta no dia 06 de Outubro de 2009 com mais um curso da Animateatro que durará um semestre, com mais energia e (in)felizmente, entendam como quiserem, ainda mais trabalho, eheheh! E claro, sempre na presença dos nossos queridos formadores, Ricardo G. (é de sublinhar o "G") Santos e Lina Ramos.
Quanto á nossa família, trago algumas novidades para os mais ausentes. Em principío, e felizmente, todos continuarão no curso da Animateatro á exepção da Michelle, que ainda não se tem nenhuma certeza... Esperemos que se consiga manter, caso contrário, deixaremos de ter a nossa psicóloga e poderão surgir algumas mazelas fisícas e mentais após ensaios. ^^ Brincadeirinha! Michelle, acho que fui bem claro, estamos a contar contigo e com o teu "riso do vácuo"!
No próximo semestre vamos ficar a conhecer o outro lado do espectáculo, a parte da Produção. Seremos nós mesmos a produzir o espectáculo, pelo que, se correr bem, concerteza ficaremos muito orgulhosos. Quanto á peça a apresentar, também nos cabe a nós apresentar os textos, escolher um entre o leque de opções e posteriormente fazer uma adaptação conjunta para que se possa começar a trabalhar nele. Resumindo este último parágrafo e citando "os tempos vão e voltam", voltámos aos tempos de escravatura... Mas pode dizer-se que pelo menos é escravatura em grupo, o que torna o trabalho mais simples. Vá, estava a brincar, eheheh (não consegui evitar)! Foi a maneira que arranjei para dizer que: "Trabalhando com pessoas como vocês, tudo fica mais fácil", foi boa metáfora, não foi!?
Quanto ao espaço da Animateatro também temos novidades. Segundo fontes seguras, o curso deixará de decorrer no espaço habitual perto das piscinas da Amora e passará a decorrer no Cinema S.Vicente, em Paio Pires. Agora já poderemos actuar para uma plateia "ligeiramente" maior, se é que percebem o "ligeiramente"... Mais uma razão para trabalhar mais e fazer melhor! Wooow, eu disse mesmo isto do "trabalhar mais e fazer melhor"!? Más companhias... Mas basicamente, o que temos de fazer é explodir com a parte de cima do recinto como diz o nosso amigo Ricardo G. Santos.
Bem, as novidades são estas e acho que já disse tudo o que era suposto dizer... Pronto vá, eu digo, estou com muitas saudades vossas. Pronto, já disse. Aproveitem esta mensagem, imprimam e emoldurem em casa, porque eu dizer isto... Digamos que não é usual, eheheh!

Assim vos deixo...

Beijinhos e abraços para todos, Gonçalito

Obs: Não percebo porque raio tenho de ser Gonçalito se sou maior que a maioria de vocês, mas tudo bem. Quem inventou este conceito tem que ter uma conversinha comigo! Eheheh ;)

Obs2: Brevemente posto aqui a música do "Assim sem Você" com umas modificações minhas para adaptar ao pessoal da Animateatro :D

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A origem da expressão "Merda" no Teatro...

Quem vive no mundo do teatro, dificilmente não diz "merda" antes de entrar em palco. O que muitos não sabem é onde essa expressão teve origem.
Esta expressão, que pode ser considerada uma espécie de ritual usado pelos actores antes das suas apresentações, tem origem francesa.
Mas antes de contar como surgiu esta expressão, torna-se necessário falar um pouco destes desavergonhados, que não tem medo de colocar uma roupa feia ou pintar a cara, que não tem preconceito em expôr um papel interpretando outro sexo ou até mesmo, mostrar um outro lado que existe em algumas pessoas, mas que estas têm vergonha de assumir devido a uma sociedade ainda preconceituosa.
O actor interpreta no palco aquilo que nós queremos fazer na vida real, mas temos vergonha. O que no dia a dia é um absurdo, no palco é natural, cómico. Actuar é a arte de viver num mundo onde tudo é possível.
A expressão “merda” usada no teatro surgiu na França. Um actor iria apresentar a peça mais importante da sua vida, estava nervosíssimo, pois na plateia estariam os mais importantes críticos da cidade. No percurso desde a sua casa até ao teatro encontrou muitos obstáculos. Primeiro, deparou-se com um incêndio, do qual teve que se desviar e acabou por se perder. Como "todos os caminhos vão dar a Roma", finalmente conseguiu chegar ao teatro. Na porta do teatro para completar as suas asneiras, pisou um cócó. Entrou, actuou e saiu muito feliz com a sua melhor actuação de sempre.
Assim, a expressão “merda” tem o mesmo significado de boa sorte e é sempre usada antes das apresentações. Lembrando que, nunca se deve agradecer com um obrigado, quando alguém lhe desejar “merda”, deve responder apenas “merda” ou ficar calado.
Portanto, merda para todos.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Concentração

A concentração é uma ferramenta indispensável no teatro, no entanto, nem todos temos consciência disso. Como tal, trago uma citação que ilustra muito bem essa importância. Talvez seja uma ajuda para alguns, ehehehe.


"Um mestre Zen comparou certa vez os humanos a marionetas. No momento do nascimento e da morte as suas cordas são esticadas de forma muito apertada ou até repentinamente partidas. Quando se morre, disse, a corda parte-se e, com um som, o boneco colapsa.

O mesmo se passa com os actores quando estão em cena. Tu és um boneco preso e manipulado pelas “cordas” da tua mente. Se o público reparar nessas “cordas”, a representação torna-se desinteressante. Mesmo que necessites de manter uma concentração forte a todo o momento, durante a acção e durante a imobilidade, estas “cordas” nunca podem tornar-se visíveis. O público jamais te pode ver a concentrares-te.

Por outro lado, se a tua concentração vacilar, é como se as cordas do boneco ficassem lassas. A acção fica suja e os espectadores sentem-se a observar um boneco, ao invés de acreditarem que estão mesmo diante de um ser vivo. Da mesma maneira, se a “corda” da concentração do actor tornar-se lassa, a representação não resultará. Só quando se mantiver tensa mas invisível a representação soará verosímil e orgânica: completamente desperta."


OIDA, Yoshi e MARSHALL, Lorna. The invisible actor. London, Metheun, 1997, p. 17.